"A morte é uma coisa natural"
Esse lugar-comum ("a morte é uma coisa natural") serve para tentar consolar a gente de que morremos, de que não há escolha quanto ao futuro deste nosso cérebro e deste nosso coração.
Mas falamos da morte sempre como uma coisa muito distante... parece que ela não existe.
Aquele apresentador de TV conhecido como "caçador de crocodilos" morreu atacado por uma arraia, enquanto gravava seu programa. Depois do desespero da equipe, da correria inútil para tentar salvá-lo, lembrou-se da fita na câmera, que havia registrado aquele momento terrível.
Além de não ter ido ao ar, dizem que a produtora entregou à viúva a fita original, sem ter feito nenhuma cópia. E dizem que a viúva destruiu a fita, provavelmente sem vê-la.
Se "a morte é uma coisa natural", por que ninguém pode ver essa fita?
4 Comentários:
risos..(é uma defesa, eu sei!!)
talvez imaginando-se no lugar dela vc possa achar respostas...
=)
eu viria a morte de alguém(msm q por curiosidade), mas com certeza ficaria triste...
talvez eu grave a minha, espero q naum destruam a fita!
uauhaiuaiuh
Boa noite, ou bom dia, Carina...
não passo por esse blog há uma semana.. aff.. o tempo voa msm... bem.. no caso que vc citou, o do apresentador, a família nao permitiu a divulgaçao pois mtos Australianos, fãs deste apresentador, estavam "vingando-se" das arraias.. e a viúva pensou que a exibiçao além de nao ajudar em nada aos fãs seria um risco a esse animal... Mas concordo com vc no que tange ao pudor que ainda conservamos p/ mostrar a morte na mídia... a grande maioria das pessoas ainda vêem isso como um tabu.. A única certeza dessa vida e ainda assim é um assunto muito complicado.. qse proíbido.. ai ai.. engraçado isso...
Carina,
Li seus comentários e gostei. Vejo que busca uma filosofia própria que enfatiza a morte e contrapõe diversas correntes de pensamento que alienam-se à naturalidade disso (morte) por medo de romper com seus ideais, mesmo quando as necessidades que geraram tais ideias já foram supridas pela própria existência e não há razões para manter-se em tal perspectiva, a não ser pela ambição de crescer na sociedade e oprimir os opostos, seja por reação àquilo que sofreu (vingança) ou mesmo porque a vida já tornou-se mecanizada pelas cobiças e ambições traçadas em tempos de sofrimento e imaturidade.
Essa exposição está relacionada aos movimentos de base que clamam por uma justiça existencial e quando encontram a usam para gerar a mesma necessidade que possuia (opressão) em outros.
Seus comentários transmitem sabedoria porque você já não opta por filosofias agregadas a meras expectativas sócio-culturais e políticas. Você une os elementos de juízos que possui - razão, emoções, espiritualidade, sentidos empíricos - à sua experiência de vida.
O desempenho da sua filosofia é bom, mesmo possuindo um juízo e finalidade (suicídio e morte), numa perspectiva biológica, meta-físico.
Suicídio e morte é talvez a única experiência empírica que não produz evidências e testemunhos, pois, não se sabe enquanto não houver a experiência, e, depois da experiência, não há como transmitir o conhecimento aos outros. Logo, os ideais disso são de caráter meta-físicos e podem produzir esperanças religiosas e individuais apenas.
Para a pscicologia sua ênfase na morte pode ser carência - necessidade de auto-afirmação a partir de um pressuposto lúdico e autêntico.
Para o cristianismo, a ênfase na morte significa busca por uma nova vida, por isso Jesus morreu na Cruz e trouxe nova vida para a humanidade. Entretanto, num juízo existencial disso, essa nova vida também é futura, ou seja, significa apenas esperança e falta de algo concreto.
Em minha experiência cristã e pouco existencial, posso te dizer que a vida nova que a fé em Cristo nos trás não é apenas esperança futura, mas salvação presente, construída sob um elemento essencial que você já teve acesso a ele e o conhece: amor. O amor proveniente de Deus se aperfeiçoa nossas vidas e a faz novamente. Meus preceitos e ideais se tornaram totalmente voltados a Deus, tanto à vida eterna, quanto às situações imediatas, seja problemas, dificuldades, tristezas, alegrias...
Minha ética consiste em amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a mim mesmo, como disse Jesus nos evangelhos.
Mesmo que ainda não esteja totalmente aperfeiçoado nesse amor, caminho rumo a isso. Meu ideal existencial é este: amar ao meu próximo como a mim mesmo.
Felicidade eu já tenho. Não a tenho totalmente porque ainda não amo totalmente, mas caminho rumo a isso. Caminho rumo à perfeição cristã e, no porvir, vida eterna.
Não preguei uma filosofia ou religião a você. Preguei o que vivo. Pense nisso!
Espero ouvir conselhos seus porque vejo que possui grande sabedoria. Mas se posso te aonselhar, esse é meu conselho.
Se estiver MSN me adicione! Quero falar contigo!
estilio@hotmail.com
B-jos
Que Deus te abençoe!
Guilherme Emilio
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